quarta-feira, 4 de junho de 2014

Cristãos perseguidos


Li muitas histórias de perseguições sobre os cristãos. Histórias ocorridas no Coliseu de Roma nos primeiros séculos. A falsa impressão é que estas situações fazem parte apenas do passado. Um grande engano!

 No último dia 15 de maio, no Sudão, uma mulher chamada Meriam Yehya Ibrahim Ishag foi julgada e condenada por ser cristã.  O juiz sentenciou dizendo: "Nós demos-lhe três dias para se retratar, mas você insiste em não retornar ao islamismo. Por isso, condeno-a a ser enforcada até a morte".

Também nos últimos dias registrou-se que cristãos tem sido crucificados em povoados da Síria, durante a guerra civil. As imagens são fortes e aterrorizantes.

Talvez você leia estas frases como notícia antiga. Talvez friamente você pense: “Ah! Sim! Já sei desta história”. Confesso que foi esta a minha primeira reação – li a notícia como se fosse apenas mais uma das páginas que li sobre perseguições. Condenei-me por esta frieza e apatia e forcei-me a pensar com mais cuidado. Então me sensibilizei profundamente!

Meriam, a mulher condenada no Sudão estava grávida de oito meses no dia da condenação. Doze dias depois (27 de maio) nasceu sua filha. Nasceu na prisão – que situação triste. Sabemos que poucas coisas são tão intensas como o amor materno! Ao ver sua filha sugando seu seio, Meriam deve sentir fortemente o desejo de sobreviver, o desejo de ver sua filha crescer, de cuidar dela. Porém, mais forte do que este desejo é a sua fé em Jesus. Ela preferiu ser condenada a ter de negar o seu Salvador!

Por que Meriam está abrindo mão de sua vida? Creio que ela está fazendo isso porque está pensando na sobrevida - na vida eterna. Ela sabe que Jesus ressuscitou! Ela sabe que nós também ressuscitaremos. Ela sabe que sua própria filha ressuscitará. Por isso, bem sabe de que nada adianta ganhar mais uns anos nesta vida e perder a alma!

Ao pensar melhor nessa história, vencendo a minha frieza e meu comodismo, sou tomado por intenso orgulho desta irmã na fé. Sinto compaixão desta família. Sinto vergonha de mim mesmo, que por coisas bem menores me ponho a reclamar, mas acima de tudo, sinto esperança. Pois sei que a fé está viva!

Meu desejo é que esta menina sinta que sua mãe deu a sua vida também por ela, para que ela possa viver sua fé e desfrutar de um dom que não apenas nos garante sobrevivência nesta vida, mas, sobretudo, para eternidade. Está escrito em 2 Tm 3.12: “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”

Jesus, aquele que foi perseguido e morto na cruz nos diz: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.10).

Rev. Ismar L. Pinz

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